As orelhas em abano são alterações na formação do pavilhão auricular que determinam a projeção excessiva do mesmo e a não formação completa das dobras naturais da orelha. São frequentemente de caráter familiar e podem gerar alterações psicológicas de diversas ordens. Ao redor dos sete anos de idade, as crianças começam a entender o “defeito” e frequentemente viram alvo de comentários maldosos por parte dos coleguinhas. A otoplastia, como é conhecida sua correção cirúrgica, é um procedimento realizado com anestesia geral ou local com sedação, dependendo da idade do paciente, que permite a remodelação da orelha com resultados bastante satisfatórios. Seu pós operatório é bem tolerado e inclui faixas de tenista ou bailarina prendendo as orelhas por 3 a 4 semanas (durante a noite). O resultado definitivo já pode ser visto após algumas semanas do procedimentos, assim que desapareçam o inchaço e os hematomas. A cirurgia pode ser realizada após os 6 anos de idade e costuma-se deixar a critério do paciente a decisão do melhor momento para operar. Nas crianças, ao perceberem possíveis queixas, os pais devem conversar sobre a possibilidade da cirurgia, deixando que a mesma demonstre interesse e “solicite” a cirurgia.